Cidadãos do Infinito




Os Mandamentos de Deus e da Santa Igreja
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10/02/2012
A COMUNHÃO NA MÃO


Paulo VI não aprovara o uso ou prática da Comunhão na mão dos fiéis, e por anos se debateu, opondo-se à petulância de bispos, mais sensíveis à doutrina e ao costume do mundo protestante, que preocupados com o cultivar a fé do povo. As suas razões (de Paulo VI) eram e continuam a ser objetivamente validíssimas, sobretudo porque fundadas no perigo de multiplicar irreverências e profanações.

 

MAS NÃO FOI OUVIDO

 

         E muitíssimas dioceses do mundo católico – inclusas as das Conferências Episcopais italiana e portuguesa – catequistas improvisados, liturgistas sem escrúpulo algum, bispos condenscentes, sacerdotes superficiais e liberaloides, não só aceitaram a nova prática, mas tão pouco se interessaram com o fazer cumprir as normas prescritas, chegando pelo contrário a obrigar arrogantemente adultos e crianças a receber a Hóstia na mão, apesar da resistência e os vivos protestos dos mais perfeitamente informados... 

          O perigo das previstas e temidas profanações foi-se traduzindo numa realidade tristemente reconhecida por um sem numero de testemunhas seculares, infelizmente incapazes de a impedir. O novo rito – segundo crônicas quase diárias – fez subir para números impressionantes a quantidade das “missas negras”, celebradas por toda a parte com Hóstias consagradas, roubadas ou pagas por suspeitas figuras de emissários de Satanás.

          “Chegam-nos vozes ou noticias sobre casos de deploráveis faltas de respeito na forma como se tratam as espécies eucarísticas, faltas que caem não apenas sobre as pessoas culpadas de um tal comportamento, mas também sobre os Pastores da Igreja, que terão sido menos ou mesmo nada vigilantes sobre o comportamento dos fiéis para com a Eucaristia (...). É difícil não acenar para os dolorosos fenômenos acima recordados...”. Assim falou desde 1980, João Paulo II (Dominicae cenae II). Mas os seus lamentos não tiveram eco algum e as profanações continuaram a multiplicar-se.

          A reação oposta ao novo rito, sustentada acima de tudo pelo pleno conhecimento da disposição de Paulo VI e pelos verdadeiros responsáveis denunciados pelo próprio Pontífice, provocou respostas reveladoras das intenções heréticas de teologastros e liturgistas libertinos. Tendo-se lamentado o perigo da queda dos fragmentos do Pão consagrado, o público, em revistas e jornais, logo ouviu muito bem responder-se com irritante jactância ou basófia que não havia motivo para preocupações, porque esses fragmentos, separados das Hóstias e caídos em terra ou ficados no fundo das nossas píxides sob a forma de pó branco, perdem as aparências que caracterizam o pão, pelo que já não são “ o sinal” da presença de Cristo. Mas foi bem mais fácil refutá-lo, respondendo ou observando que:

          - nenhuma das minúsculas partículas ou simples fragmentozinhos desse pó muda de natureza, mantendo-se sempre verdadeiro pão, como não mudam as da pimenta, do cacau, do açúcar farelado e de qualquer outro corpo reduzido a pó... Atesta-o, com absoluta certeza, o simples bom senso de toda a comum dona de casa...;

          - mesmo que cada grãozinho ou fragmento do supradito pó não apresente as dimensões que por norma tornam o pão comestível, verdade é que ele conserva no entanto as qualidades sensíveis suficientes para constituir o “sinal” indiscutível e inequívoco da real presença de Cristo, como a cor, o sabor, o cheiro, o peso, as propriedades nutritivas e outras quimicamente reconhecíveis... De resto, precisamente a qualidade (objeto próprio de cada um dos sentidos) torna sensível a quantidade (objeto comum de todos os sentidos)...;

          - além disso, se com o pó das hóstias, recolhido no fundo das píxides, posso encher uma colher e alimentar-me realmente com ele (como poderia fazê-lo para dar a Comunhão a um doente), é sinal de que os grãozinhos que o compõem permanecem verdadeiro pão: trata-se de “partes integrantes” de um “todo” homogêneo...;

          - supor que os grãozinhos que compõem o acima referido já não têm valor sacramental significa levantar o formidável e insolúvel problema dos limites da grandeza sob os quais cessa ou desaparece a real presença de Cristo. Quem terá então autoridade para os fixar?... Qualquer indicação que fosse não poderia passar de arbitrária e sacrílega...”

          - e é verdadeiramente arbitrária e sacrílega para quem, aceitando o solene magistério da Igreja, continua a acreditar que, segundo os Concílios ecumênicos de Florência e de Trento, CRISTO ESTÁ PRESENTE EM TODA A HÓSTIA CONSAGRADA E EM CADA UMA DAS SUAS PARTES, POR MAIORES OU MENORES QUE SEJAM.

          Presença que supõe, evidentemente, e de um modo indispensável, essa prodigiosa TRANSUBSTANCIAÇÃO, exigida com insistência pela Igreja, pela qual a presença de Cristo NÃO É CONDICIONADA ÀS DIMENSÕES do pão consagrado, mas sim à sua SUBSTÂNCIA. Por conseguinte, até que esta apresente as propriedades que a caracterizam, a transubstanciação é certa, a presença de Cristo é inegável.

 










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