Cidadãos do Infinito




Para ler e meditar
  • Voltar





01/11/2013
O MISTÉRIO DA MORTE


JESUS FALANDO

 

Enquanto acontecia o que foi dito acerca do trânsito de José, não deixei de pensar em todos os Meus irmãos. Como desejava que todos tivessem semelhante passagem, pedi-o muito ao Pai. Mas nisto não se efetuaram plenamente os desejos de Meu Coração, porque a morte é o eco da vida, e muitos, vivendo mal, dificilmente chegam a morrer bem. Sofri grande pena ao ver que tantos e tantos morreriam tal qual infelizmente viveram. Por isso, afadiguei-Me muito por eles junto do Pai, oferecendo-Lhe todos os Meus méritos, todas as Minhas obras, a fim de que o Pai naquele ponto se dignasse usar para com eles de grande misericórdia. De fato, não foram vãs as Minhas súplicas e ofertas, porque muitos experimentam essa grande misericórdia, segundo as altíssimas disposições e juízos ocultos de Meu Pai, que usa para com todos de grande misericórdia.

 

Mas, aquela misericórdia que se chama miraculosa, isto é, que chegue a morrer bem e se salve quem viveu sempre mal, experimentam-na alguns como disse, segundo os ocultos juízos de Meu Pai. Conheci então, e penetrei os juízos ocultos de Meu Pai e Seus segredos mais escondidos. Por Suas disposições louvei-O, exaltei Sua reta justiça e a Sua infinita misericórdia. Fi-lo em nome de todos os Meus irmãos, porque nesse ponto muitos erram.

 

Pedi-Lhe desse ao pecador contínuo remorso e estímulo pela sua salvação. Desse-Lhe a conhecer que não deve esperar bom fim de vida, se não se converte a tempo, porque se isto acontece a alguém não deve acreditar que aconteça a si. Se o Pai usa desta misericórdia miraculosa para com uma alma pecadora, não deve prometer o mesmo a si e crer que lhe toque tal sorte, nem que o Pai lhe dê naquela hora verdadeira a perfeita contrição das culpas nas quais quis sempre viver. Por isso, conforme disse, pedi ao Pai transmitisse contínuos estímulos ao pecador,  a fim de que se converta a tempo e viva de modo a ter boa morte.

 

O Pai tudo me prometeu, e de fato, não deixa executá-lo. No entanto, o pecador se faz surdo aos impulsos internos, aos estímulos que a graça lhe envia. Por causa destes obstinados experimentei grande amargura e pesar no Coração, porque via o péssimo fim e a morte péssima que teriam. Tal amargura foi suficiente para amargurar-Me a consolação que alguns Me davam, ao ver que correspondem à graça, seguindo os bons impulsos. Dando ouvidos aos remorsos internos, convertem-se a tempo e chegam a ter boa morte. Experimentam, naquele momento, a grande misericórdia de Meu Pai. Corresponderam aos chamados e convites de graça.

 

Pedi ainda ao Pai por todas as almas justas, a fim de que a morte destas fosse preciosa em Sua presença. Se Ele aumenta-lhes a graça e as ajudas mais válidas naquele instante, aplicam-se a exercer aquelas virtudes que as tornam mais gratas aos olhos do Pai, como: a resignação, a paciência, os desejos de irem fruir Dele, a esperança em Sua misericórdia, a viva Fé e o perfeito Amor. Sofrem tudo por Seu amor e para cumprir a Sua vontade.

 

Pedi-lhes, ainda, que as consolasse naquele extremo, com Suas divinas influências. Se mostrasse para com elas, Pai amoroso. No intuito de que concedesse todas essas graças, tanto aos pecadores como às almas justas, ofereci-Me para ter uma morte penosa e desolada, assumindo todas as penas e angústias que deviam sofrer os Meus irmãos.

 

Embora seja-lhes indispensável a pena da morte, foi-lhes muito mitigada e suavizada, por aquilo que Me dispus a sofrer por eles. Para as almas justas é jubilo e não castigo porque, sabendo que estão próximas da fruição do Sumo Bem, e do prêmio devido às suas santas obras, alegram-se em morrer e consolam-se em sofrer.

 

 

Livro: A Vida Íntima de Nosso Senhor Jesus Cristo, revelada à Abadessa Sóror Maria Cecília Baij, OSB

 

 

 




Artigo Visto: 2135



Total Visitas Únicas: 735.555
Visitas Únicas Hoje: 71
Usuários Online: 26