Cidadãos do Infinito




Sagrada Escritura
  • Voltar





09/01/2012
A DOUTRINA DA IGREJA SOBRE O PURGATÓRIO
No catecismo e na bíblia


"Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu." (CIC, §1030).

"Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz , de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus."( Alocução de 03 de julho de 1991; LR n. 27 de 07/7/91).

"A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438-1445) e de Trento (1545-1563)". (§ 1031)

"Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defundos de que já fala a Escritura Sagrada: 'Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado' (2 Mac 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar ? visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos"(§1032)

"Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que dormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado". (2 Mac 12,44s)

S. Gregório Magno (540-604), Papa e Doutor da Igreja "No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguémtiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação
podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro." (CIC, § 1031)

São Francisco de Sales (1567-1655)

1 - As almas alí vivem uma contínua união com Deus.
2 - Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se no inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus.
3 - Purificam-se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus.
4 - Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.
5 - São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.
6 - Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.
7 - São consoladas pelos anjos.
8 - Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.
9 - As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.
10 - Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.
11 - O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor."


AS ORAÇÕES PELOS MORTOS


Papa João Paulo II, no dia de finados de 1997

"A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico... Por conseguinte,
recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes
queridos." (LR, n. 45, de 10/11/91)
O Catecismo ensina que:
"Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com
grande piedade a memória dos defuntos..."(CIC, § 958)

São João Crisóstomo (349-407)

"Levemos-lhes socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas
oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer aos que partiram e em oferecer as nossas orações por eles" (CIC, §1032; In I Cor 41,5 PG 61,361).
O mesmo São João Crisóstomo afirma que "os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e que esta lhes presta grande auxílio e real utilidade" ( In Philipp. III 4, PG 62, 204).

Papa João Paulo II

"... Igreja do Céu, Igreja da Terra e Igreja do Purgatório estão misteriosamente unidas nesta cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus."(Reconciliatio et poenitentia, 12) "Numa misteriosa troca de dons, eles [no purgatório] intercedem por nós e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio " ( LR de 08/11/92, p. 11) "... os vínculos de amor que unem pais e filhos, esposas e esposos, irmãos e irmãs, assim como os ligames de verdadeira amizade entre as pessoas, não se perdem nem terminam com o indiscutível evento da morte. Os nossos defuntos continuam a viver entre nós, não só porque os seus restos mortais repousam no cemitério e a sua recordação faz parte da nossa existência, mas sobretudo porque as suas almas intercedem por nós junto de Deus". (02/11/94)

FONTE: PROF. FELIPE AQUINO

 








Artigo Visto: 2112



Total Visitas Únicas: 735.776
Visitas Únicas Hoje: 292
Usuários Online: 41