Cidadãos do Infinito




Anjos e Santos da Igreja
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10/01/2012
SÃO BENEDITO
Padroeiro dos cozinheiros


Nasceu na Sicília, sul da Itália, em 1524, no seio de família pobre e era filho de escravos, em uma propriedade próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor.

 

Manifestou desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Foi Pastor de ovelhas e lavrador. Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho,  provia a si mesmo e aos pobres e já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus.

 

Tinha o apelido de “mouro” pela cor de sua pele; e aos 21 anos foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e um monge, líder de um grupo de eremitas franciscanos, o chamou para viver entre eles. Benedito aceitou o convite. Fez votos de pobreza, obediência e castidade e, coerentemente, caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas.

 

Sempre preocupado com os mais pobres do que ele, aqueles que não tinham nem o alimento diário, retirava alguns mantimentos do Convento, escondia-os dentro de suas roupas e os levava para os famintos que enchiam as ruelas das cidades. Conta a tradição que, em uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e perguntou: “Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?” E o santo humildemente respondeu: “Rosas, meu senhor!” e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que suspeitava o Superior.

 

Era muito procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhe orações. 
Por volta de 1564, o grupo se dispersou, e Benedito foi aceito como irmão leigo pelos frades franciscanos de Palermo. Cumprindo seu voto de obediência, depois de 17 anos entre os eremitas, foi designado para ser cozinheiro no Convento dos Capuchinhos.

 

Em 1578, eles precisaram de um novo guardião (Título dado ao superior) e sua piedade, sabedoria e santidade levaram seus irmãos de comunidade a elegê-lo Superior do Mosteiro, apesar de analfabeto e leigo, pois não havia sido ordenado sacerdote. Seus irmãos o consideravam iluminado pelo Espírito Santo, pois fazia muitas profecias. Ele só aceitou o cargo depois de compreensível relutância, mas administrou o mosteiro com grande sucesso, tendo adotado uma interpretação bem mais rigorosa das regras franciscanas.

 

Ao terminar o tempo determinado como Superior, reassumiu com muita humildade, suas atividades na cozinha do convento, com muita alegria ,por reencontrar a vida obscura e oculta, objeto de todos os seus desejos.

 

A sua conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores: foi respeitoso para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com os noviços, e foi por todos respeitado, sem que ninguém tentasse abusar de sua humildade.

 

Sua confiança na Providência foi sem limites: recomendara ao porteiro jamais recusar esmolas aos pobres que se apresentassem. Dava a seus religiosos o exemplo de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual.

 

Na direção do noviciado demonstrou uma grande doçura e consumada prudência: os noviços tiveram nele um guia seguro, um pai cheio de ternura e um excelente mestre da Escritura, cujas leituras do Ofício lhes explicava com surpreendente facilidade.

 

Sem saber ler nem escrever, tinha, manifestamente, o dom da ciência infusa, acontecendo-lhe de dar respostas luminosas a mestres em Teologia que o vinham consultar. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.

Sua vida tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, e Deus lhe concedeu o dom de operar milagres.

 

Em 1589 caiu gravemente doente, e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias celestes. Morreu docemente aos 65 anos, no dia 4 de abril de 1589, em Palermo, na Itália. Sua festa litúrgica é celebrada em 5 de outubro.

 

Foi canonizado em 1807, e normalmente em suas imagens traz o menino Jesus nos braços, que lhe foi colocado por Maria Santíssima, pela sua grande devoção, e pela suave doçura com a qual Jesus preencheu o seu coração.

 

Certamente é reverenciado e amado no Brasil inteiro, ele é um dos santos mais populares do País, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses, e são inúmeras as paróquias e capelas que o escolheram como padroeiro, inspiradas em seu modelo admirável de caridade e humildade.

 

 

Oração a São Benedito
 

Glorioso São Benedito, grande Confessor da fé,
com toda confiança venho implorar
a vossa valiosa proteção.

Vós, a quem Deus enriqueceu com os dons celestes,
impetrai-me as graças que ardentemente desejo,
para maior glória de Deus.

Confortai o meu coração nos desalentos!
Fortificai minha vontade para cumprir bem os meus deveres!
Sede o meu companheiro nas horas de solidão e desconforto!

Assisti-me e guiai-me na vida
e na hora da minha morte, para que eu possa bendizer a Deus nesse mundo
e gozá-lo na eternidade. Com Jesus Cristo, a quem tanto amastes.

Assim seja.
 

Pode-se fazer a novena, rezando-se esta oração 9 dias seguidos.

 

(Com aprovação Eclesiástica)

 

Estigmatinos – Província Santa Cruz

 







Artigo Visto: 2001



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