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14/01/2012
A CULTURA CATÓLICA AMERICANA
Artigo do Pe. Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International, sobre as eleições americanas


O quadro é, sem dúvida, sombrio, do ponto de vista da Cultura da Morte.

O maior perigo, entretanto, não se encontra na força e no poder dos corifeus do aborto desbragado e neo-nazista. Encontra-se em que muitos dos que se dizem católicos, leigos ou eclesiásticos, visceralmente corrompidos pela correção política e relativismo moral, euforicamente apóiam políticos abortistas, sem levar em conta as Leis de Deus e da Igreja.

O Pe. Thomas levanta uma bandeira de resistência e de luta que merece ser admirada e apoiada. Juntemos-nos todos para reavivar a ação dos leigos católicos, atuando juntos na oração, no estudo e no bom combate.

Como dizia Santa Joana d’Arc: Os soldados combaterão, mas Deus dará a vitória! 

  

A CULTURA CATÓLICA NA AMÉRICA E A ELEIÇÃO DE BARACK OBAMA

É impossível continuar falando, por mais algum tempo, de uma “cultura católica” nos Estados Unidos. Um segmento inteiro da população que se autodenomina “católico” não se sente vinculado a nenhum padrão de ortodoxia ou de sanidade católica.

     De fato, é impossível falar de uma cultura católica na maioria das paróquias!

     Em uma recente reunião das pastorais numa grande paróquia católica do sul da Flórida, um representante da pastoral do “Respeito à Vida” apresentou seu material pró-vida perto da mesa da pastoral da “Justiça Social” da mesma paróquia. A única coisa  em comum entre as duas pastorais era que compartilhavam o mesmo espaço. Suas visões do mundo não poderiam ser mais separadas, mas ambas se autodenominavam católicas.

     De fato, o pessoal da “justiça social” estava realmente radiante com a eleição de seu novo messias, Barack Obama. Muitos deles estavam falando de seus planos de assistirem à tomada de posse presidencial, mas estavam desconhecendo totalmente que haveria cem mil pessoas em uma marcha no Capitólio dois dias depois, em defesa do direito à vida dos nascituros, os quais ele tinham justamente destinado à irrelevância quando elegeram Obama para o mais alto posto no governo da nação.

     Um deles chegou até a manifestar surpresa diante da previsão da entrada em vigor da “Lei do Direito de Escolha” abortista, quando confrontado com o desagradável fato de que seu ‘messias’ foi um patrocinador desse projeto de lei na última legislatura do Congresso. Como era de esperar, de modo imperturbável recusou-se a permitir que a verdade tivesse qualquer efeito sobre a sua euforia. Sua opinião já estava formada, e ele não permitiria a si mesmo ficar confuso diante da evidência dos fatos.

     Não é preciso dizer, o católico praticante e de boa doutrina, o convicto pró-vida, este não comparecerá à comemoração da posse de Obama.

     Como podem esses dois grupos estar colocados lado a lado no mesmo recinto, e apresentarem suas atividades no mesmo espaço dentro da mesma paróquia católica?

     Simplesmente porque a contradição há anos tem sido tolerada por aqueles que estão no governo de nossa Igreja. Nesta última eleição nenhum dos dois grupos recebeu qualquer orientação a respeito de como votar segundo os princípios católicos, porque, como de costume, houve silêncio nos púlpitos sobre essa matéria.

     A absoluta omissão de nossos líderes eclesiásticos para definir para nós o que a qualidade de membro da Igreja significa – e, portanto, para agir em conseqüência – conduziu à degradação da cultura católica e à perda do significado de coisas que são sagradas.

     Quando Cristo e Belial são considerados parceiros equivalentes no santuário, então nada nele significa mais nada, e nenhum critério significativo distingue o verdadeiro católico de um falso.

     A degradação da cultura católica se deve – em larga medida, mas não exclusivamente – à culpa do clero. Por quatro décadas na Igreja católica norte-americana nós temos visto:

     – Abusos litúrgicos numa corrida desenfreada, favorecidos por aqueles que estão no governo de nossa Igreja;

     – Duas ou três gerações de católicos de esquerda não catequizados ou ensinados de modo precário, educados como protestantes e não como católicos;

     – Abusos sexuais tolerados e não denunciados pela hierarquia católica;

     – Cegueira em relação aos herejes e dissidentes da alta política ;

     – Ataques sistemáticos ao magistério sagrado que virtualmente não receberam resposta de nossos pastores. E se não fosse pelas Respostas Católicas (Catholic Answers), EWTN (maior canal de TV católica nos EUA) e pela Liga Católica (Catholic League), nós não teríamos sequer uma defesa. 

     – A derrota de nossas instituições católicas de ensino superior diante do ataque do “politicamente correto”. E a lista continua...   

     Diante disto, ficaríamos surpresos se 54% dos católicos votassem em Barack?

     Dificilmente!

     A batalha pela cultura católica começa conosco mesmo, e não há ocasião mais propícia do que a atual, para vestir a armadura da guerra espiritual.

     Ou nós acreditamos e praticamos o que a Igreja ensina, ou vivemos como parte da igreja das trevas, falsamente fazendo uso do nome de católico para o seu benefício, sem ao mesmo tempo carregar as cruzes que isto requer. 

Há, entretanto, uma grande esperança para o futuro, porque a batalha já começou: novos colégios católicos estão nascendo para substituir as velhas e decrépitas escolas de heresia, novas ordens religiosas com abundantes vocações e boa doutrina têm surgido, escolas nos lares e fortes movimentos leigos agora são abundantes.

     Só quando nós recuperarmos nossa amada Igreja das mãos dos falsos católicos e clérigos, nossa Igreja estará pronta para levantar-se e repreender os ventos tempestuosos do paganismo que estão soprando mais rápido do que nós queremos admitir. Este projeto, entretanto, não se realiza sem um custo.

     O custo de ser um verdadeiro fiel será, sem dúvida, muito mais alto do que foi antes em nossa vida. Começando agora, até a próxima geração, nós como católicos mostraremos ao mundo não apenas no quê acreditamos, mas mostraremos que estamos dispostos a sacrificar nossas vidas como testemunhas da verdade.   

     Tradução: André F. Falleiro Garcia

 








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