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Esta religiosa polonesa recebeu as mensagens de Jesus sobre sua Divina Misericórdia.
Providencialmente esta devoção tão necessária para nossos tempos se tem propagado pelo mundo inteiro. É um milagre de Deus e um compatriota de Santa Faustina tem sido um grande instrumento: João Paulo II. A Misericórdia de Deus se revela em toda a história.
No século XX Jesus visita a Santa Faustina e lhe mostra seu coração traspassado do qual emanam raios de luz branca (a água do batismo) e vermelha (seu sangue) e lhe encomenda a missão de dar a conhecer sua Misericórdia a todos os homens. Ante a perda da fé do século XX, a mensagem da Misericórdia se faz urgente pois é a única esperança da humanidade.
Foi batizada dois dias depois com o nome de Elena Kowalska, na Igreja de São Casimiro.
Seus pais tiveram 8 filhos (Elena é a terceira), a quem criaram com muita disciplina, sendo grande exemplo de vida espiritual.
A muito tenra idade, Elena foi chamada a falar com o céu.
Uma indicação deste fato foi um sonho que ela teve na idade de 5 anos.
Sua mãe recorda que nessa época Elena disse a sua família.
Sua mãe via que estava rezando, e lhe dizia que voltasse a dormir ou terminaria perdendo o juízo. "Oh, não mãe", Elena lhe contestava, "meu anjo da guarda deve me ter despertado para rezar." Nos diz Santa Faustina em seu diário:
Aos sete anos pela primeira vez ouvi a voz de Deus em minha alma.
Sem dúvida, não foi sempre que obedeci à voz da graça.
Não encontrei a quem me esclarecesse essas coisas."
Elena tinha aproximadamente 9 anos quando se preparou para receber os sacramentos da Confissão e a Comunhão na Igreja de São Casimiro.
Sua mãe recorda que antes de deixar a casa no dia de sua primeira Comunhão, Elena beijou as mãos de seus pais para demonstrar sua pena por haver-lhes ofendido.
Desde então, se confessava todas as semanas; cada vez rogava a seus pais perdão, beijando-lhes as mãos, seguindo um costume Polonês.
Elena ajudava na casa com os afazeres da cozinha, ordenando as vacas, e cuidando de sus irmãos.
Apenas pode completar três trimestres, quando na primavera de 1919, se notificou a todos os estudantes maiores, que saíssem do colégio para dar lugar aos meninos menores. Aos 15 anos começou a trabalhar como empregada doméstica e de novo sentiu muito fortemente o chamado a vocação religiosa, mas ao apresentar seu sentimento a seus pais eles o negaram.
Foi convidada a uma festa junto com sua irmã Josefina, no parque de vencia, na cidade de Lodz: "Uma vez, junto com uma de minhas irmãs fomos a um baile. Quando todos se divertiam muito, minha alma sofria tormentos interiores. No momento em que comecei a bailar, de repente vi a Jesus junto a mim. Jesus martirizado, despojado de suas vestes, coberto de feridas, dizendo-me essas palavras: 'até quando Me farás sofrer, até quando Me enganarás?' Naquele momento deixaram de soar os alegres tons da musica, desapareceu de meus olhos a companhia em que me encontrava, ficamos Jesus e eu.
Me sentei junto a minha querida irmã, dissimulando o que ocorreu em minha alma com uma dor de cabeça.
Assim chegou a Igreja de Santiago Apóstolo em Varsóvia e, ao finalizar as missas, falou com um sacerdote que a enviou a Sra. Lipzye, uma senhora muito católica, e se hospedou com ela.
Pedindo ao Senhor que não a deixasse sozinha, buscava uma resposta a sua oração, mas o Senhor queria ensinar-lhe que Ele sempre responde a nossas orações a seu tempo, não no nosso. Santa Faustina se dirigiu as portas da Casa da Madre da Congregação das irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia na rua Zytnia, em Varsóvia, onde a Madre geral a interrogou.
Madre Micaela lhe disse que fosse perguntar ao Senhor da casa se ele a aceitava.
Santa Faustina se dirigiu a Capela e perguntou ao Senhor se a aceitava e escutou em seu coração: "Eu te aceito; tu estas em meu Coração".
Ela se dirigiu a Madre Geral e lhe disse o que havia ouvido, a Madre respondeu, "se o Senhor te aceita eu também te aceito, esta é tua casa". A pobreza de Santa Faustina foi seu pior obstáculo pois necessitava recolher dinheiro para entrar no convento.
A superiora lhe sugeriu que continuasse trabalhando até completá-lo.
Trabalhou um ano como doméstica para reunir todo o dinheiro.
Poucas semanas depois de haver entrado teve a tentação de sair do convento.
Foi em busca da Madre Superiora e ao não encontrá-la se foi a sua cela.
Estando em seu quarto teve uma visão de Jesus, com seu rosto destroçado e coberto de chagas.
Ela lhe perguntou "Jesus quem te tem ferido tanto?" Jesus lhe respondeu: "Esta é a dor que me causarias se saísse deste convento.
Ele lhe confirmou que realmente Deus a queria ali. Como Postulante se familiarizou em seus exercícios espirituais.
As superioras, alarmadas pelo esgotamento que manifestava, a enviaram a Skolimow, a casa de descanso, em companhia de duas irmãs.
Durante a cerimônia lhe foi revelada a magnitude de seus sofrimentos futuros e ao que se estava comprometendo.
Neste convento de Cracovia-Lagiewniki, Santa Maria Faustina fez seu noviciado, pronunciou seus primeiros votos e os perpétuos, serviu como cozinheira, jardineira e porteira, e passou os últimos anos de sua vida terrena. No transcurso de seu noviciado um fato que se conhece muito é o fato de que devia escorrer a sopa.
Devido a grande debilidade que sofria, esta tarefa na cozinha se dificultava cada dia mais, então começou a evitá-la, mas ao pouco tempo se começou a notar; a Madre Superiora não compreendia que apesar de seu desejo, Sor Faustina não podia fazê-lo por sua pouca força .
Escutou estas palavras: "Desde hoje terás mais facilidade, pois eu te fortalecerei".
A noite, confiante pelo que o Senhor lhe havia prometido, se apressou a preparar a sopa.
A levantou com facilidade e a escorreu perfeitamente.
Quando levantou a panela para deixar sair o vapor, ela viu ramos de rosas, as mais lindas que jamais havia visto.
Depois disto ela procurava fazer este trabalho diariamente mesmo quando não lhe cabia, porque compreendeu que agradava ao Senhor. Cumpria seus deveres com fervor, observava fielmente todas as regras do convento, era recolhida e piedosa, alegre, e cheia de amor benévolo e desinteressado ao próximo.
Suas irmãs recordam que Santa Faustina foi uma grata companhia durante o noviciado e sua conduta ao orar provocava nas outras noviças uma grande reverencia a Majestade de Deus. Toda sua vida se concentrava em caminhar com constancia até cada vez mais a plena união com Deus e em uma abnegada colaboração com Jesus na obra da salvação das almas.
"Jesus meu - confessou no diário - Tu sabes que desde os anos mais tenros desejava amar-te com um amor tão grande como nenhuma alma Te amou até agora" . Durante sua vida conseguiu um alto grau de união de sua alma com Deus, mas também teve que esforçar-se e lutar em duros combates no caminho até a perfeição cristã.
O Senhor a favoreceu de muitas graças extraordinárias: os dons de contemplação e de profundo conhecimento do mistério da Divina Misericórdia, visões, revelações, estigmas ocultos, os dons de profecia, de ler as almas humanas, e desposórios místicos.
Com tantas graças, escreveu: "Nem as graças nem as revelações, nem os êxtases, nem nenhum outro dom concedido a alma a fazem perfeita, mas sim a comunhão interior da alma com Deus..".