Cidadãos do Infinito




Oração Passio Domini
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04/01/2012
DEVOÇÃO À SAGRADA FACE
Dados históricos da Sagrada Face


Os Papas Estevão III e Adriano II, nos Concílios de Roma em 769 e no de Nicéia em 787, respectivamente, pronunciaram-se sobre o valor miraculoso do Sudário, mais conhecida por “Edessenum”, cuja veneração remonta aos primeiros tempos da era cristã.

Em 1211, Inocêncio III instituiu em Roma oficialmente a festa do Santo Sudário de Verônica, que naquele tempo era celebrado no segundo domingo da festa da Epifania.

Em 1985, Leão XIII instituiu em Roma a Arquiconfraria da SAGRADA FACE “in perpectuam memoriam”.

São Pio X mandou dizer: “que a SAGRADA FACE seja distribuída abundantemente por toda a parte, e que seja venerada em todas as famílias cristãs”. Recomendou a propagação de seu culto particularmente aos Exmos. Srs Bispos e Superiores Religiosos (04/06/1906).

Em 1959, a Santa Sé concedeu a todos os Bispos do Brasil a licença de celebrar a festa da SAGRADA FACE solenemente na Terça-feira de carnaval (cf. REB, vol. XIX, fasc. 2, p.462).

Na Quinta feira Santa de 1969, na Basílica de S. Pedro, Paulo VI disse aos jovens: “deveis mostrar aos homens dos vossos tempos a FACE luminosa de JESUS, luminosa pelo mistério de sua real divindade e pelo mistério evidente de sua incomparável humanidade. É o protótipo da humanidade” (cf. SEDOC, junho de 1969, p. 1550).
 
 
Explicação sobre a devoção à Sagrada Face

Esta edificante devoção que seria instituída pelo próprio Salvador no dia de sua morte, imprimindo milagrosamente Sua Imagem Sagrada no Sudário de Verônica, tem tomado nestes últimos tempos um desenvolvimento considerável.

Seja em virtude da decisiva importância que a Divina FACE teve na vida de Santa Teresinha, ou dos surpreendentes estudos da figura de JESUS na toalha mortuária de Turim, como ainda por causa das recentes revelações a Irmã M. Pierina de Michele (v –1945), a privilegiada mensageira da SAGRADA FACE.

Irmã M. Pierina de Michele tomou o hábito das Filhas da Imaculada Conceição no dia 14 de Maio de 1914.

Alma ardente de amor a JESUS e às almas, entregou-se desde logo incondicionalmente ao Esposo Divino, e Ele a fez objeto de suas complacências.

Desde criança, praticava atos de reparação, os quais, aos poucos, levaram-na a uma imolação completa de si mesma. Por isso não é de admirar, que, quando menina de doze anos apenas na Sexta –feira Santa, na Igreja de São Pedro em Milão, ouvi-se uma voz bem clara a dizer-lhe: “ninguém me dá um beijo de amor na FACE, para reparar o beijo de Judas.”

Quando noviça ainda, obteve a licença de fazer adoração noturna, e quando na noite de Quinta-feira Santa estava rezando diante do crucificado, escutou as palavras “Beija-me!” Irmã Pierina obedeceu sem demora, e seus lábios, em vez de pousar sobre uma face de gesso, sentira viva a FACE DE JESUS.

A noite inteira passou na igreja, pois quando a Madre superiora ali a encontrou, já era de manha. O coração abalado com o sofrimento de JESUS, sentiu o desejo de reparar os ultrajes que Ele recebera na SAGRADA FACE e continua a receber cada dia no SANTÍSSIMO SACRAMENTO.

Em 1919, Irmã Pierina é transferida para a Casa - Mãe em Buenos Aires. Ali no dia 12 de Abril de 1920, quando durante uma oração se queixava de suas aflições, JESUS se lhe manifestou ensanguentado, e com ternura e dor ao mesmo tempo lhe disse: “E EU, que é que fiz!” (para sofrer tanto).

“Destas palavras eu nunca me esquecerei”, escreveu Irmã Pierina em seu diário. Mas agora compreendia a Devoção à SAGRADA FACE, que daí em diante se tornou seu livro de meditação.

Em 1921, voltou pra Milão, onde continuo a intensificar seu amor a JESUS. Eleita logo depois superiora da Casa de Milão, não tardou a ser nomeada superiora regional da Itália. Mas apesar de seus muitos trabalhos, não deixou de ser Apóstola da Devoção à SAGRADA FACE, tanto entre suas irmãs como entre as pessoas conhecidas; contudo, procurando sempre ocultar seus privilégios divinos, dos quais as próprias irmãs de hábito, raríssimas vezes, foram testemunhas.

Irmã M. Pierina, um dia, até pediu a JESUS que sua vida passasse desapercebida; pedido que lhe foi concedido.

Com o passar dos anos, JESUS se lhe manifestava de vez em quando, ora triste, ora ensanguentado, pedindo sempre reparação. E foi por isso que o desejo de sofrer e de se sacrificar pelas almas cresceu mais e mais no coração de Irmã Pierina.

Durante a oração noturna da primeira Sexta-feira da quaresma em 1936, JESUS, depois de havê-la feito participante das dores da agonia do Getsêmani, disse-lhe, mostrando sua FACE coberta de sangue e tomada de grande tristeza: “Quero que MINHA FACE, que reflete a Minha íntima aflição de meu ânimo, a dor de Meu coração seja mais honrado. QUEM ME CONTEMPLA, ME CONSOLA”.

Na Terça –feira daquele ano, JESUS tornou a dizer-lhe: “ Cada vez que se contemplar a MINHA FACE, derramarei o Meu Amor nos corações, e por meio de MINHA SAGRADA FACE obter-se-á a salvação de muitas almas”.

Irmã M. Pierina faleceu, unindo-se áquele que amou tanto, em 26 de julho de 1945. Sua morte não teve as características da morte dos homens em geral; foi uma passagem de amor como ela mesma escreveu em seu diário no dia 19 de julho de 1941: “tenho sentido uma imensa necessidade de viver sempre mais unida a JESUS, de amá-lo intensamente, para que minha morte seja uma passagem de amor ao meu JESUS”.







Artigo Visto: 1947



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